Não Foi culpa do vinho!

Por @Cherry
 Depois de uma noite quente, você evita o representante o tempo inteiro. Nega aos seus amigos e diz para si mesma o tempo todo que o que houve entre vocês foi culpa da bebida. Mas não pode culpar o vinho para sempre, Melissa.



     O sinal que encerrava a aula de química soou, trazendo alivio para todos os estudantes de Delaney. Melissa saiu da sala sorrateira, e desceu as escadas, rumando na direção de seu armário. Os livros abarrotados nos braços, e o coração aos pulos a cada passo próximo que ouvia.
    — Hey, Nathaniel, você deixou cair. — Ouviu a voz de Melody a poucos metros de si, e foi o suficiente para se enfiar na biblioteca, buscando abrigo. Encostou a orelha na porta, verificando se ouvia algo mais.
    — Ah, obrigado. Melody, você viu a Melissa por aí? — “Ele tá me procurando, respira Lisa, respira”.
    — Não vi, não.
    — Certo. Então, você fez a liç... — E as vozes se perderam em meio ao barulho de passos subindo as escadas.
    Melissa suspirou, com o coração acelerado e as bochechas queimando. Abriu a porta, e saiu apressada. Fazia um mês que a vida da moça era evitar ao máximo o contato com Nathaniel. Matava aulas onde sentavam perto, se escondia no intervalo, disparava em direção ao portão assim que o último sinal batia. Um mês, exatamente, contando a partir de uma noite especial. Uma noite que fazia um rubor se apoderar de todo o rosto de Melissa. Bufou, socando os livros no armário e batendo a portinha. Foi culpa do vinho, foi tudo culpa do vinho. Balançou a cabeça numa tentativa falha de dispersar os pensamentos, e se encaminhou para a próxima aula do dia, história. Nathaniel tá nessa aula também... Acho que eu posso cabular mais um pouco, pensou, desviando o caminho.
    — Não tão rápido, mocinha. — Melissa gelou dos pés à cabeça, ao ouvir a voz de Faraize atrás de si. — Pensando em fugir da minha aula de novo, Srta. Legrand?
    — De maneira alguma, professor. Eu só... 
    — Ela esqueceu o livro, professor. — O coração de Melissa foi parar na garganta. Nathaniel tinha no rosto um sorriso inocente, e em mãos um livro de história.
    — Ah, certo. Vamos entrando, então. — Faraize disse, indicando a sala de aula com a cabeça. A contragosto, a menina entrou na sala, seguida do loiro.
    Sentou-se no lugar habitual, atrás de Nathaniel, e procurou alguém para conversar na necessidade de evitar o garoto. Em vão, a sala ainda estava vazia. Para seu alívio, Nathaniel não disse uma palavra. A sala se encheu aos poucos, e a aula começou sem mais imprevistos. Melissa rabiscou as anotações do quadro no canto do caderno, e piscou várias vezes ao ver um papel azulado, dobrado dentro do estojo. Olhou para os cantos sem saber o que achar, e desdobrou o bilhete. "Vestiário, 17 horas”. Com palavras impressas, era impossível reconhecer alguma caligrafia. O estômago de Melissa deu várias voltas, enquanto o coração pulsava no peito. "É logo depois da aula", pensou, sentindo a ansiedade borbulhar nas veias. O sinal do intervalo tocou, tirando a garota de sua linha de pensamentos. Ajeitou o material sob o braço, e rumou para fora da sala.
    Rosalya aguardava a amiga pacientemente no corredor. Caminharam juntas até os armários de cada uma, depositando o material.
    — A aula da Delaney foi um porre. — Reclamou Rosalya, no percurso até o refeitório. Sem resposta da amiga, Rosalya chamou. — Melissa?
    — Ah? Oi?
    — Em que planeta você tá? O que foi?
    — Só tô pensando um pouco, Rosa, não é nada.
    — Você e seu nada. Parece que não confia em mim, desembucha Mel. — Exigiu, quando sentaram no lugar de costume no refeitório, com as bandejas do almoço em mãos. Rosalya abriu um pudim. — Vai, pode falando. — Completou, comendo o doce.
    — Você tem que prometer que não vai dizer nada pra n...
    — Ei, eu não sou nenhuma fofoqueira!
    — Eu sei, Rosa... Só... — Melissa bufou, dando-se por vencida. — Eu achei isso na minha mesa hoje. — Explicou, mostrando o bilhete misterioso. Um sorriso convencido rasgou o rosto de Rosalya.
    — É dele.
    — Dele?
    — Oras, do Nathaniel.
    — Não dá pra ter certeza, Rosa.
    — Eu tenho certeza que é. — A amiga piscou. — E você tem que ir, não vai querer deixar ele esperando depois de todo esse tempo sem se falar.
    — Mas Rosa...
    — Mas nada, mocinha. — Encerrou, começando a comer o almoço.
    Melissa suspirou, levando uma colherada à boca. Acho que ela tem razão, pensou.

    O sinal da última aula bateu, fazendo o corpo de Melissa gelar. O estômago virou um carrossel, dando inúmeras voltas, e o coração iniciou a maratona de pulos. Engoliu em seco, olhando para o lado. Os olhos âmbar de Nathaniel encontraram com os castanhos de Melissa. O coração da garota parou. Desviou o olhar, recolhendo as coisas. Não, não vou fazer isso, concluiu, seguindo o fluxo dos estudantes para os portões da escola. Atravessou o pátio, e olhou para trás, hesitante, não encontrando o louro entre a multidão. Deu mais um passo em direção ao portão, e bufou. Mordeu os lábios e fechou os olhos, rumando para dentro da escola novamente. Com passos firmes, adentrou o ginásio, com as luzes apagadas àquela altura. Procurou Nathaniel, e mirou a porta do vestiário, sentindo as pernas travarem. É agora ou nunca, Melissa. Respirou fundo, abrindo a porta e entrando no local do encontro. Ele não tá aqui.
    — Melissa? — Congelou, ao ouvir a voz do rapaz entrando no vestiário.
    — Nathaniel... — Virou devagar, encarando o louro nos olhos. — É... Oi.
    — Oi. — Disse, e depois riu constrangido.
    — E-então... Por que queria me encontrar aqui? — Perguntou, se apoiando em um dos armários. Nathaniel arqueou as sobrancelhas claras.
    — Eu? Você quem queria me encontrar aqui. — Disse, mostrando um papel. Um papel idêntico ao que Melissa tinha encontrado na carteira.
    Sem que nenhum dos dois tivesse dado mais uma palavra, uma chave rodou na porta. Melissa arregalou os olhos, correndo para a porta. Bateu.
    — HEY! TIRA A GENTE DAQUI! — Gritou inutilmente. “Porra”, pensou, virando de volta para Nathaniel. — SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA. — Esmurrou a porta, gritando constantemente. — Me ajuda a arrombar. — Pediu, se preparando para chutar a porta. Nathaniel se aproximou, e, com o ombro, forçou a porta. Melissa tentou chutar, em vão. — SOCORROOOOOO! — Gritou uma última vez, escorregando até o chão. Bufou, evitando olhar o garoto.
    Os minutos foram passando vagarosamente. O único som que se ouvia era o da água de um dos chuveiros pingando. Os olhos se encontraram várias vezes, e ambos desviavam o olhar.
    — Lisa... — Nathaniel chamou.
    A garota ignorou, e pegou a bolsa, procurando o celular. — A gente tá preso aqui. Vou tentar ligar pra alguém.
    — Lisa. Não, não faz isso. — Nathaniel pediu, tirando o celular das mãos de Melissa.
    — H-hein? Quer ficar preso aqui? — Perguntou, encarando os olhos do rapaz.
    — Acho que é a única maneira de falar com você ultimamente. — Disse, fazendo o coração da menina vacilar. — A gente devia conversar.
    — Acho que não é uma boa ideia... — Tentou negar, vendo o louro se aproximar de si.
    — Melissa, Melissa. Você não entende mesmo, né? — Aproximou-se mais, colando a menina contra a porta.
    — Nathaniel, o qu-... — Foi interrompida por um beijo. O interior da garota pegou fogo. A mão do rapaz segurou a nuca de Melissa, induzindo-a a um beijo mais intenso. Melissa soltou um suspiro, envolvendo o pescoço de Nathaniel. As mãos masculinas se alojaram na cintura de Melissa, fazendo uma pressão deliciosa. Colou os corpos, fazendo a garota soltar um gemido baixo.
    — Você não tem ideia do quão doido eu fiquei pra poder fazer isso de novo. — Confessou, chupando o pescoço de Melissa.
    — Não foi só você. — Disse, suspirando novamente. Arranhou a nuca masculina, e puxou o lábio inferior do garoto com os dentes.
    Nathaniel fechou os olhos, sentindo a mão da garota descer arranhando seu peitoral sob a blusa. Parou no cós da calça, abrindo o botão único e a braguilha. Arrancou a blusa do rapaz sem cerimônia, e empurrou-o para o banco do vestiário. Nathaniel caiu sentado. Passou as mãos pelas pernas femininas, parando na bunda avantajada. Apertou, puxando Melissa para o colo. Pressionou a garota contra a virilha, fazendo-a sentir o volume já formado na calça. Melissa mordeu os lábios, empurrando o louro no banco, fazendo-o deitar. Empinou a bunda, prendendo o rapaz entre as coxas. Beijou-o, sentindo as mãos masculinas apertarem sua bunda. Viu Nathaniel sorrir sacana, e arqueou as sobrancelhas sem entender.
    — Oh! — Gemeu, após o tapa.
    O sorriso do rapaz aumentou, e Melissa mordeu os lábios para não gemer quando o segundo tapa veio. A vermelhidão já se apoderava da bunda feminina. Não esperou o terceiro tapa, levantando. Nathaniel sentou-se novamente, curioso. Melissa sorriu tarada, ajoelhando-se na frente do louro. Nathaniel sentiu o membro pulsar na cueca, ansiando o que viria. Melissa tirou os sapatos e as meias do rapaz, e desceu o jeans branco sem dificuldade. Encarou os olhos de Nathaniel, escurecidos de luxúria, aumentando o sorriso. Mordiscou a cueca, vendo o rapaz morder os lábios. Puxou a peça com os dentes, deixando Nathaniel nu. Depositou um beijo suave sobre a cabeça do membro, fazendo o louro se arrepiar com o gelado do piercing. Lambeu vagarosamente toda a extensão, e acariciou com os dedos. Escorregou o membro para dentro da boca, sem deixar de encarar o rapaz nos olhos. Arranhou as coxas, enquanto fazia movimentos de vai e vem. Nathaniel fechou os olhos, gemendo rouco.
    — Melissa... — Gemeu, enfiando os dedos nos fios platinados da garota. A expressão de prazer no rosto do rapaz fez a intimidade de Melissa gotejar. — Vem. — Chamou, puxando a garota do chão. Beijou-a intensamente, pondo-se de pé. Virou de costas, e procurou algo na mochila. A moça despiu as roupas, ficando só de lingerie. Nathaniel voltou-se para Melissa, com um pacote entre os dedos. Rasgou a embalagem, e se surpreendeu quando a garota tomou a embalagem.
    — Senta. — Mandou, e o louro obedeceu. Desenrolou o preservativo no membro ereto, e deitou as costas masculinas no banco.
    Beijou Nathaniel lentamente, enquanto as mãos do rapaz desabotoavam o sutiã. Ajudou-o a se livrar da peça. Desceu a calçinha com certa dificuldade, e escorregou o membro para dentro da intimidade úmida. Gemer foi involuntário para ambos. Encostou a cabeça na testa do louro, e fechou os olhos, se deixando levar. Nathaniel forçou o quadril de Melissa contra a própria virilha, fazendo o membro ir mais fundo. A menina suspirou, sentindo o ritmo aumentar. Ergueu o tronco, apoiando as mãos no peitoral masculino. Os dedos do rapaz beliscaram os bicos rosados, e Nathaniel soltou um gemido rouco, sentindo a garota rebolar. Melissa aumentou o ritmo, mordendo os lábios constantemente, numa tentativa falha de controlar os gemidos. Sentiu as pernas bambearem, sabendo que estava próxima do ápice. Nathaniel sentiu a intimidade feminina ficar mais apertada, e tirou a garota de cima de si. Colocou Melissa de quatro sobre o banco, estapeando a bunda já vermelha. Passou um dedo de leve pela intimidade, sorrindo ao ver a garota empinar mais a bunda para si. Beijou a bunda, e desceu os beijos para a intimidade. Lambeu toda a extensão, enfiando a língua no meio molhado. Melissa tapou a boca com uma das mãos, já sem controle algum sobre os gemidos. O rapaz chupou avidamente, fazendo as pernas femininas bambearem. A garota gemeu mais forte, e Nathaniel soube que tinha chegado ao ápice. Tornou a lamber a cavidade úmida, e levantou, roçando o membro na entrada. Entrou novamente, em um ritmo rápido. Puxou o quadril contra a virilha, aumentando o ritmo a cada estocada. Suor escorria pelo peitoral, e a face transbordava prazer. Arranhou as costas femininas, sentindo o êxtase romper pelo corpo. Derramou-se, mexendo um pouco mais, e suspirou acabado.
    Puxou Melissa pela mão, beijando-a de um jeito calmo. Rompeu o beijo, e encostou as testas, encarando os olhos castanhos fixamente. Entrelaçou os dedos, levando a garota para o chuveiro. A água quente lavou o suor, e, abraçados, tornavam a se beijar, as mãos passeando pelo corpo um do outro, de um jeito terno. Nathaniel sorriu, beijando a testa da menina.
     — Dessa vez não dá pra culpar o vinho.
    — E foi culpa do vinho da outra vez? — Perguntou Melissa, com a cara escondida no peito masculino.
    — Não. — Sorriu, beijando-a novamente.

• • •
Cherry Fiction © 2016 - 2017.